terça-feira, agosto 27

A menina do balé

Alguns anos atrás existia uma menina chamada Bells, ela gostava de balé, praticava desde quando tinha 3 anos de idade. Na época ela tinha 17, quando eu pude presenciar a sua historia. Pelo menos uns 4 dias da sua semana ela praticava balé. Em escolas diferentes é claro, assim podia se encaixar tudo. A mãe dela, Luiza não concordava com todo esse esforço que ela entregava para o balé. Mais quando gostamos de alguma coisa, precisamos dar explicações pras criticas? Ainda bem que a Bells pensava assim. Quando gostamos de algo, abraçaremos forte, e os outros vão ser só os outros. O perfil da Bells era, alta, magra, mais ou menos 44 kg, sorriso de boneca, cabelos lisos e longos, cor castanho claro. Voltando pro assunto da mãe dela, era uma senhora de 54 anos de idade, um pouco experiente da vida. Eu disse um pouco, por que mesmo alguém que tenho 100 anos de vida não se diz experiente, concordam? Ela entendia o que a Bells pensava e sonhava, mais ela preferia fingir que não sabia, na verdade ela não sabia o quanto isso a incomodava. Mais mãe é mãe, nunca entenderemos esse sentimento até ocupar esse papel. Bells era muito inocente, nova e cheia de vida. Mais ela via na dança algo mais forte do que viver, ela via na dança algo forte a se expressar. Ela queria dançar a noite inteira, rodar, rolar pular, um sentimento que é difícil de ser expressado. Ainda assim, ela achava que através dos espelhos da sala de balé ela podia ver alguém que se amava como era. Sera que vocês entendem? Bells tinha uma doença, chamada anorexia. A mãe tentava ajudar o tempo todo, mais mesmo com a ajuda, Bells não podia negar que sua hora estava chegando, por esse fato não deixava a mãe entrar no seu caminho. Numa noite fria e com muita ventania, ela saiu no meio da noite, se sentou na praça, na esquina de sua casa, e jogou todas suas fotos fora." Pro vento levar uma historia minha, pras magoas passarem e pro meu novo eu viver, aquele eu que quer mais do que amar, quer se entregar, te dou a minha palavra. " sussurrou sozinha. No dia seguinte, ela bateu na porta de um rapaz, que tinha 20 anos, e disse: Sou a sua sorte,  vem comigo e te mostrarei o caminho certo pra ser feliz. Ele ficou confuso, sem entender, disse que iria encontra-la mais tarde na escola.
É difícil, eu tentei entender quando li isso, e uma lágrima caiu dos meus olhos, eu tentei entender, como ela podia ter tantos segredos escondidos? Qualquer um tem segredos escondidos. Ninguém entende o quanto importante isso pode parecer. Então, continuando... O menino não encontrou Bells na escola. Nunca mais ele a viu, o diário dela foi encontrado por mim na praça onde ela costumava ir.

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